Bioparque Pantanal celebra o mês da árvore com ações pedagógicas voltadas à educação ambiental

Por Maria Lúcia Fernandes 03/09/2024 - 10:13 hs
Foto: Lara Miranda

A educação ambiental, um dos pilares do maior aquário de água doce do mundo, é desenvolvida constantemente pelo Núcleo de Educação Ambiental (NEA) do Biopaque Pantanal. As atividades são bimestrais, e o tema atual faz alusão ao mês da árvore, celebrado em setembro.

O Bioparque Pantanal busca sensibilizar e conscientizar os visitantes sobre a importância do meio ambiente e do cuidado com ele. Para isso, a estrutura conta com uma equipe multidisciplinar de biólogos e pedagogos que atuam no espaço de produção e potencialização científica. Estudantes e o público em geral participam de contação de histórias, atividades pedagógicas, e atividades no Laboratório Móvel e no microscópio.

Thuany Rezende, bióloga do NEA, comenta que o tema é bastante trabalhado nas salas de aula pelos professores. “Pensamos em trabalhar esta data, 21 de setembro, uma data pontual nas escolas. Porém, o mês da árvore tem relação com o Dia do Cerrado, Dia da Amazônia, Dia do Biólogo, Dia de Defesa da Fauna, todos celebrados no mês de setembro. Então, trabalhamos o tema central, que é a árvore, e fazemos links com outras datas importantes".

Em julho, o núcleo dialogou com os visitantes sobre a temática da biodiversidade em Mato Grosso do Sul e no Brasil, e apresentou bons resultados, com o público interagindo com as pautas propostas no circuito de visitação. “As pessoas ficam atentas e fazem perguntas, principalmente as crianças. Na parte escolar, temos um retorno positivo dos estudantes, que nos visitam num ano e no ano seguinte retornam, lembrando da apresentação com a gente. Para nós do NEA, é gratificante".

Para quem já atravessou o Neotrópico, o maior tanque do Bioparque, talvez tenha percebido, ao fim, um espaço de educação ambiental onde acontece a contação de histórias, com uma plateia que vai de crianças a idosos. A pedagoga e contadora de histórias Sueli Bonfim, integrante do NEA, compartilha que a história contada tem impacto direto naqueles que assistem. “É uma forma de sair um pouco da rotina, mergulhar na fantasia e aprender sobre a importância da conservação ambiental".

Denise Ferreira, mãe do pequeno Caio, de 6 anos, explicou que as atividades lúdicas contribuem para a conscientização da preservação da fauna e da flora. “Muito interessante este trabalho direcionado para as crianças. Trouxe meu filho e ele ficou deslumbrado com os animais, mas essa parte pedagógica e lúdica ajuda a desenvolver a consciência ambiental desde cedo".

Há quem diga que a contação de histórias e as atividades pedagógicas são apenas para as crianças, mas Denise acrescenta que descobriu que o maracujá já está em extinção. “Aprendi bastante, principalmente sobre o maracujá, que está com os dias contados e estamos apenas com uma espécie polinizadora. A polinização artificial não está sendo a mais adequada".

Maria Fernanda Balestieri, diretora geral do Bioparque, comenta que a educação ambiental é uma ferramenta fundamental para a formação na infância. “Crianças que são ensinadas desde cedo sobre a importância do cuidado com a natureza desenvolvem um senso de responsabilidade e empatia, não apenas com o meio ambiente, mas também com as comunidades ao seu redor. O Bioparque desenvolve essas atividades com uma equipe pedagógica multidisciplinar, sempre focadas na preservação da fauna e da flora".

Comunidade escolar

Nas terças e quintas-feiras, pode-se ouvir o barulho dos ônibus escolares e os estudantes descem animados para a visitação. Até agosto de 2024, o maior aquário de água doce do mundo recebeu mais de 1.340 escolas e mais de 75.500 alunos. A estudante Anna Luiza Vasconcelos, de 8 anos, ficou encantada com a contação de histórias e comentou que “a preservação é importante para o mundo não acabar”.

O agendamento de grupos escolares é aberto todo dia 16 de cada mês, exclusivamente pelo site bioparquepantanal.ms.gov.br. A entrada é gratuita com visitas estudantis nas terças e quintas-feiras. 

Por Gabriel Issagawa, Bioparque Pantanal (matéria supervisionada)