Com previsão de entrega para o final deste ano, as obras do Hospital Regional de Dourados, às margens da Rodovia BR-463, estão em ritmo normal e já atingem mais de 60% executadas. A afirmação é da engenheira Viviane Macedo Carbonaro, da empresa Engepar, responsável técnica pelo projeto.
Segundo a engenheira, o hospital encontra-se em fase de acabamento, com toda a parte estrutural e de infraestrutura já concluída. Estão em andamento a instalação das portas internas, revestimentos cerâmicos, pedras de granito, pintura, instalações de aparelhos de ar condicionado e outras instalações. “Contamos com cerca de 100 funcionários, número este que aumenta conforme ocorre a liberação de mais frentes de trabalho”, explica.
O percentual executado, ainda de acordo com a engenheira, abrange os blocos A, B e C. Esses blocos são correspondentes à primeira e a segunda etapas do hospital, que deverá ainda ser composto pela terceira etapa, com os blocos D e E.
O hospital está sendo construído pelo Governo do Estado e será uma unidade de alta complexidade, com leitos e serviços disponíveis à população da Região da Grande Dourados, composta por 33 municípios. No total, vai ofertar 210 leitos, entre clínicos, de UTI’s adulto, neonatal e pediátricos, numa área 10.706 metros quadrados.
O complexo ofertará, entre outros serviços e estruturas, enfermaria masculina e feminina, unidades de terapia intensiva, isolamentos, leitos de observação adulto, centro cirúrgico e obstétrico, farmácia, unidade de nutrição, anexo de serviços, pronto atendimento e observação de isolamento, recuperação e pós-anestésica.
Na primeira etapa do hospital, a capacidade será de 51 leitos de enfermaria, 10 leitos de UTI Adulto e 10 de UTI Pediátrica, totalizando 71 leitos. Na segunda, estão previstos 29 leitos de enfermaria. Na terceira, a previsão é de 90 leitos de enfermaria e 20 de UTI Adulto, num total de 210 leitos, nas três etapas.
Recursos
A construção demandará um investimento de R$ 41.132.193,18 com recursos federais e estaduais. Na primeira e na segunda etapas o investimento previsto é de R$ 30,7 milhões, dos quais R$ 20,2 milhões são recursos federais e R$ 10,5 milhões são referentes às contrapartidas do Governo do Estado.
Dos R$ 20,2 em recursos federais investidos na primeira e na segunda etapas, R$ 15,7 milhões foram viabilizados pelo ex-secretário estadual de Saúde Geraldo Resende, ainda no exercício do mandato de deputado federal; R$ 4,4 milhões foram indicados pelo atual deputado estadual Marçal Filho, no exercício do mandato de deputado federal. Os recursos estaduais, nessas duas fases, somam R$ 10.539.103,00.
Já na terceira etapa, cujos projetos estão em fase final de elaboração para serem encaminhados para aprovação da Caixa Econômica Federal, a previsão de investimentos é R$ 10.373.100,00. Deste total, R$ 9.999.084,00 serão de recursos federais oriundos do Ministério da Saúde e R$ 374.016,00 serão da contrapartida estadual.
“Estamos dando seguimento ao proposto pelo governador Reinaldo Azambuja desde o primeiro dia de seu mandato, que é o de regionalizar a saúde, tornando-a de mais fácil acesso e com mais qualidade aos usuários do SUS”, destaca o secretário estadual de Saúde Flávio Britto.
Centros de Diagnóstico e de Especialidades
Em área anexa ao futuro Hospital Regional de Dourados, estão sendo construídas, desde o início de fevereiro deste ano, duas estruturas que vão transformar o local num complexo hospitalar e de serviços em saúde para a população regional. Um deles é o Centro de Diagnóstico Médico e o outro, o Centro de Especialidades Médicas, que vão demandar investimentos, na construção da obra física, de R$ 13.436.753,50.
Na parte de diagnósticos, a estrutura contará com aparelhos e equipamentos de última geração, com exames de tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, ultrassonografia, endoscopia e colonoscopia, Raios-X digital, dopplervelocimetria (exame não invasivo utilizado para estudo da circulação fetal em diversas situações clínicas), laboratório de análises clínicas, teste ergométrico, holter 24h, eletroencefalograma, eletrocardiograma e densitometria óssea.
O centro de especialidades médicas terá perfil ambulatorial, de caráter regionalizado, inserido na rede de Serviços do SUS – Sistema Único de Saúde. A unidade deverá ter espaços para as consultas especializadas e procedimentos ambulatoriais, tais como endoscopia digestiva alta, colonoscopia e broncoscopia, entre outros.
Para viabilizar o Centro de Diagnóstico Médico, o ex-secretário Geraldo Resende garantiu, enquanto deputado federal, uma emenda de R$ 3.390.269,00, a qual, somada à contrapartida do governo do Estado, de R$ 4.521.628,75, totalizará um investimento de R$ 7.911.897,75
O custo da construção do Centro de Especialidades Médicas, por sua vez, será R$ 5.524.855,77. Desse valor, R$ 3.499.812,00 são oriundos de emenda parlamentar federal indicada por Geraldo Resende, e R$ 2.025.043,77 será a contrapartida do governo estadual.
Por Ricardo Minella, SES