O Brasil enfrenta uma crise sanitária e o combate é dever de todos

Por Maria Lúcia Fernandes 11/04/2024 - 10:15 hs
Foto: DICOM

No Brasil, o ano de 2024 teve início enfrentando uma crise sanitária sem precedentes, com a propagação alarmante da dengue e de doenças respiratórias, conforme relatado pelo Ministério da Saúde.

Desde janeiro até o final de março, foram registrados mais de 2,3 milhões de casos prováveis de dengue, ultrapassando em mais de 500 mil casos todos os diagnósticos do ano de 2023.

Esta situação representa a pior crise sanitária relacionada ao vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti desde o início da série histórica do Ministério da Saúde em 2000, superando as temporadas anteriores de dengue, inclusive acompanhada por centenas de casos de Zika e Chikungunya.

Além da preocupação com a dengue, o Brasil observou um aumento no predomínio de casos de vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza nas últimas semanas, representando, respectivamente, 35% e 21% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Quanto ao aumento da circulação do vírus influenza, o Departamento do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, orienta a população prioritária a buscar a imunização contra a influenza nos postos de saúde.

Em todo o país, referente aos óbitos por Síndrome Respiratória, a predominância continua sendo por covid-19 (73%), seguida por influenza (18%) e vírus sincicial respiratório - VSR (7%). Desde o início do ano, foram notificados mais de 8.500 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave com hospitalização, sendo 51% decorrentes de covid-19, 18% por VSR e 13% por influenza.

Em Aparecida do Taboado, a situação também preocupa com um número significativo de casos notificados de diversas doenças. Destacam-se 289 casos registrados de Covid-19 e mais de 140 casos de dengue notificados, dos quais 29 foram confirmados. Além disso, também foram reportados casos de Zika e Chikungunya, acrescentando preocupações adicionais à saúde pública local.

Juntamente com essas doenças virais, há o registro de vários casos de síndromes respiratórias e influenza (gripe), aumentando os desafios enfrentados pela comunidade em relação à saúde. Essa diversidade de enfermidades enfatiza a importância da vigilância constante e da adoção de medidas preventivas para proteger a população contra essas ameaças à saúde.

No caso da dengue, a prevenção é a melhor estratégia, eliminando todos os possíveis criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti, com a limpeza de quintais. É importante ainda mencionar que a vacinação contra dengue está disponível para crianças de 10 a 14 anos, em todas as ESFs.

Por outro lado, no que diz respeito às doenças respiratórias como Covid e Influenza, a atualização das carteiras de vacinação é de extrema importância. As vacinas disponíveis para essas doenças são ferramentas eficazes na prevenção de casos graves, complicações e óbitos.

Para combater a Covid, todas as pessoas podem tomar as doses de reforço da vacina. Já para Influenza, o grupo alvo da vacinação são: Crianças de 6 meses a menores de 6 anos; idosos; Trabalhadores da Saúde; Gestantes; Puérperas; Professores do ensino básico e superior; Pessoas em Situação de Rua; Profissionais das Forças de Segurança e Salvamento; Profissionais das Forças Armadas; Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; PCDs; Caminhoneiros; Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos; Trabalhadores Portuários; População privada de liberdade e funcionários do sistema.

Portanto, é fundamental que a população esteja consciente da importância da prevenção, seja através da eliminação de criadouros do mosquito da dengue ou da manutenção das vacinas contra doenças respiratórias em dia. Essas medidas simples podem ter um impacto significativo na redução do número de casos e na proteção da saúde pública.