Para aprimorar as ações de assistência aos reeducandos e garantir maior segurança, obras de reestruturação e ampliação foram realizadas na Colônia Penal Industrial “Paracelso de Lima Vieira Jesus” de Três Lagoas (CPITL). A solenidade de inauguração foi realizada, na quarta-feira (16), e contou com a presença de autoridades e parceiros locais.
Com investimento na ordem de R$ 260 mil, diversas melhorias foram proporcionadas à unidade penal masculina de regime semiaberto, garantindo um cumprimento mais digno aos apenados e melhores condições de trabalho aos servidores.
A reforma foi realizada pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), por meio da direção da CPITL, com recursos provenientes de penas pecuniárias liberadas pelo Ministério Público e pelo titular da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, juiz Rodrigo Pedrini Marcos; contou, ainda, com apoio do Conselho da Comunidade de Três Lagoas.
Um novo Setor Administrativo foi construído, o qual recebeu o nome do ex-presidente do Conselho, José Antônio Rodrigues. A homenagem reflete o relevante trabalho do profissional no tempo que esteve frente à pasta. Durante o evento, a esposa de José, que faleceu ano passado, recebeu um buquê como forma agradecimento.
O Setor Administrativo contempla a sala de atendimento psicossocial, a coordenação da área da saúde e da educação, onde também funciona as videoconferências.
Em discurso, o diretor da Colônia Penal Industrial, José Antônio Garcia Sales, destacou que as obras foram realizadas nos últimos dois anos e trouxeram diversos benefícios ao local.
“A partir delas, também implantamos uma nova empresa que proporcionou mais ocupação produtiva aos internos. Hoje temos mais de 90% da massa carcerária trabalhando e temos a missão de atingir sua totalidade, algo inédito no estado. Tudo isso é realidade graças ao trabalho em equipe dos servidores e as instituições parcerias, que atuam em conjunto com a unidade”, agradeceu Sales.
As obras de reestruturação contemplaram, ainda, a troca de telhados, alambrados, parte hidráulica, elétrica e pintura de alojamentos e celas; além da ampliação da portaria da unidade.
O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, parabenizou todas as iniciativas e ressaltou o importante papel das parcerias firmadas pela instituição para a concretização das ações. “O apoio que buscamos visa uma única missão: a de oferecer novas oportunidades para quem, muitas vezes, não encontrou quando esteve em liberdade”, afirmou.
Na reforma, em grande parte, foi utilizada mão de obra de reeducandos da própria colônia penal, que receberam remição de um dia da pena a cada três trabalhados, conforme estipulado pela Lei de Execução Penal. A ação, além de reduzir os custos e o tempo das obras, auxilia na reinserção social dos detentos, com oferecimento de trabalho e possibilidade de profissionalização.
Galeria
Já na Penitenciária de Três Lagoas (PTL), unidade penal masculina de regime fechado, a Agepen inaugurou uma Galeria de Diretores, como forma de homenagear todos os gestores que passaram pelo local.
Idealizado pela direção atual, o objetivo foi resgatar o patrimônio histórico da instituição no município, notadamente em relação aos agentes públicos e respectivas épocas distintas. "Cada um dos profissionais que estiveram à frente da unidade, enfrentaram diferentes adversidades e todos contribuíram, de forma muito especial, no desenvolvimento da Penitenciária e da Agepen como um todo", afirmou o diretor da PTL, Raul Augusto Aparecido Sá Ramalho.
A Penitenciária de Três Lagoas foi inaugurada em 2005, mas funcionou no prédio onde hoje está o presídio feminino do município. Ao todo, 12 gestores já estiveram à frente da unidade.
Na gestão entre 2006 e 2007, o servidor penitenciário Joaquim Machado da Silva, agradeceu a relevante homenagem em nome de todos os dirigentes. "Para mim é uma honra ter participado desta história, dedicamos nossa vida ao sistema penitenciário e receber esse reconhecimento é gratificante", agradeceu.
Em discurso, o diretor-presidente da Agepen, Aud Chaves, afirmou que valorizando o passado é possível reaprender com as experiências vivenciadas e oportunizar alicerces para o futuro. "Todos foram fundamentais para a agência penitenciária e deixam um legado de dedicação, dignidade e profissionalismo", finalizou.
Por Tatyane Santinoni - Agepen